Entre os encontros e desencontros da vida

Vejo por ai muito mimimi sobre amizade, que fulano não é mais amigo de sicrano por N motivos, mas hoje eu vim contar uma história para vocês, na verdade a minha história e de uma amiga. Ela fala justamente sobre isso: amizade. Vivi na minha cidade Natal durante 10 anos da minha vida, como toda garotinha tinha minha melhor amiga, a Marcela. Estudávamos juntas desde os 5 anos de idade, vivíamos sempre grudadas. Ela ia na minha casa, eu ia na dela. Compartilhamos as melhores experiências, inclusive brincávamos com as borrachas dela que tinha forma de doces. Ainda consigo lembrar a primeira vez que fui no shopping sozinha, ai que emoção! E adivinhem quem estava comigo? Ela, claro. 

Só que como nem tudo são rosas, aconteceu algo que não esperávamos. Meu pai precisou mudar de cidade por causa do emprego, lá vai eu de mala e cuia para uma cidade vizinha que eu não conhecia ninguém. E minha amiga? Perdi totalmente o contato, na minha época poucas pessoas tinham celular e internet.

Passaram-se 7 anos, quando coloquei o pé na Universidade (que fica na cidade onde eu nasci) quem eu encontro? Sim! A Marcela, lá estávamos nós no mesmo curso e na mesma sala! Eu mal conseguia acreditar, ate parecia coisa de filme.  Demorei séculos para finalmente ir falar com ela. Quando trocamos nosso primeiro Oi todas as lembranças voltaram com uma enxurrada de nostalgia. O que será que tinha motivado as duas a irem parar na mesma sala, mesmo passando 7 anos sem trocar uma palavra se quer? Alguns podem acreditar que foi destino, eu gosto de acreditar que historias mal resolvidas sempre voltam. Você pode perder contato com sua melhor amiga mas se a história não estiver encerrada para ambas de alguma forma ela vai voltar. Se você ainda ama aquele carinha que não te da a mínima em algum momento a vida vai tratar de cobrar dele e em uma dessas esquinas do mundo vocês vão se encontrar. Cabe a cada um querer escrever uma nova história, eu já estou escrevendo a minha em uma pagina branca. As historias passadas só nos enchem de esperança, afinal mesmo que a gente volte a se afastar quem garante que não vamos nos encontrar em alguma outra sala da universidade?